Terça-feira, 19 de Maio de 2009

Acabou a fase da Crisálida...voa Borboleta

Olá Blogers,

continuo a usar este meio para falar comigo, sim, pois não sendo uma chat ou uma sessão aberta é comigo que falo.

 

Este ano, 2009, é sem dúvida o ano da viragem, tem graça, com tanta crise a pautar o dia-a-dia não se pode dizer, que do caos não nasça a ordem. É verdade. Simplificando e apenas neste segundo semestre espero:

- Divorciar-me, comprar casa, mudar de emprego! É simples, não é? Parece complicado mas não é, é complexo. Vejamos:

O Divórcio: trata-se de estipular fronteiras, romper rotinas, assumir responsabilidades e ganhar, ainda que de modo suspeito, alguma liberdade de acção para se viver algo que foi ficando para trás - um amor, um dia livre, uma saída sem ter que justificar, enfim, ter tempo para nos conhecermos outra vez, coisa que já existiu mas foi-se esvaindo.

Ressalvo que me dou muito bem com a minha companheira, de quem gosto muito e conheço tb há muito. Isto está claro.

Há filhotes, sim. Lindos, inteligentes e especiais, amados e adorados por nós. E como tudo na vida, cabe a nós educar estes seres de modo a verem a mudança como um upgrade e não algo amorfo ou assustador. Para eles é simples: se os 2 bacanos dos adultos se dão bem, então nós estamos bem e 2 casa diferentes é um quebrar de rotina, que se for bem-feita, se pode transformar num parque de diversões. Amor e carinhos ilimitados, mas sempre com a noção de que somos pais e não irmãos mais velhos.

 

A casa: bem, my castle, my one castle! Sim, terá que ser próxima, não junta mas de acordo com o bem-estar de todos. Nesta crise não é fácil vender mas, é fácil comprar...vamos tentar seduzir o ministro das finanças! Estou convicto de que há uma fórmula, mesmo empírica para que isto funcione.

 

O Emprego: bem, sempre advoguei que quem não está bem que se mude. Não devemos nada a ninguém e essa história do sacrifício unilateral, o comandante é o último a sair, quando sai... é tanga. Prestamos um serviço e somos pagos por ele. Simples. Não há relação amorosa ou de amizade. Com a mesma rapidez com que dizemos "estou de saída" tb dizem, está dispensado! Sejamos realistas. Não devemos depender de ninguém, de nos lamentarmos por este ou aquele azar, não, devemos procurar mudar, o melhor para nós, evoluir, mesmo que isso demore...é verdade, demora sempre mas vale a pena. Parar é morrer, e hoje até convém que se morra, são menos encargos no fundo de pensões e s.social. Por isso, aposto forte e posso avançar um segredo: procuro à 2,5 anos. Não desisti, evolui onde estou mas não me chega e alem de ambicioso posso dar mais e com isso tb receber mais.

 

Bem, já falei dos 3 tópicos pungentes. Mas...há algo que me escapa! E eu? Como me situo, como me enquadro emocional e emotivamente? Não sou nem quero ser um eremita mas tb não sou nem quero ser frívolo ou misturar as prioridades. Estou vivo, de boa saúde, presumo que tenho bom aspecto, um físico cuidado...blá, blá blá...sobra o "eu", a "insustentável leveza do ser" como dizia Richard  Bach.

 

Enfim, se desta moratória, destas intenções feitos projectos e levados ao fim, não remanescer uma credibilidade então, sinto-me muito acima do que me rodeia, e não é falsa modéstia é a certeza de ter feito e conseguido algo, que muitos pensam, alguns tentam mas muito pouco conseguem.

Se no final de tudo um anjo de luz não me aparecer, nem que seja para me iluminar nas noites mais escuras, então sim, assumo que a solidão mais do que um fardo é o preço justo para que um mortal cumpra com o seu dever. Se for essa a sina, então que o seja.

 

Não me acredito, tenho essa sensação visceral e no final do processo tb me estará reservado o Óscar para melhor actor neste palco real, sob a forma de uma companheira que me preencha, que saiba dar e receber. Acima de tudo, que me conheça e que saiba transformar em útil, tudo aquilo que por vezes, a minha condição de humano imperfeito produz. Sim conto com isso.

 

PS: vocês acham que se me envolvo, invisto e dedico às causas anteriores, tb não o faço com esta última?!...Tudo se resume ao mesmo:

- Um desafio, um tabuleiro, regras claras e o vencido deve sempre honrar o vencedor.

Chamem-lhe felicidade, Yin & Yang, luz, paz, karma etc...tudo se resume a equilíbrio, nosso em primeiro lugar e dos e com os outros a seguir. É errado tentar obter isto de fora para dentro. Mas...posso ter um aneurisma ou estar sob efeito de psicotrópicos alienígenas...ainda que não os tome. Mas, fica o testemunho, em tempo e espaço útil.

 

Sirvam-se, cuspam ou coloquem na beira do prato mas, experimentem!

 

Abraço

 

Shibumi

 

 

 

publicado por shibumi às 23:01
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Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009

...meio mundo a comer outro meio...

Olá Blogers,

bem se há assunto, tertúlia que me fascina é a "eterna luta entre o Bem e Mal". Além de existir esta tendência de colocar em 2 tons monocromáticos este paradigma é inegável que o termo "eterno" justifica por si só este ancestral combate. Está escrito, documentado, vivido e sentido, é um facto. Colocar Deus e Demónio separados por um tabuleiro de marionetas, nas quais todos fazemos parte, é a versão mais fecundada.

Qual a verdadeira razão desta necessidade? A lei de equilíbrio, de manter o yin & yang conjugados faz com que nos aliemos lado A ou lado B, independentemente de profecias, consciências ou ideologias.

Deixemo-nos de tretas, sendo uma questão de livre arbítrio vezes sem conta pesamos e dissecamos introspectivamente a nossa opção. Agora pergunto, ou melhor, alguém, uma entidade externa pode perguntar: qual o referencial? Qual a bitola? Qual a exacta medida que nos permite ajuizar se o que dizemos, fazemos ou pensamos, se enquadra no xadrez do bem, ou no do mal? Não duvido da presunção assumida, do dormir em alcofa branca e pura, descansar a consciência com o bem todo feito. Assim acordamos, felizes, na douta e consciente esperança de ter cumprido mais um mandamento.

Tenho conhecido gente fascinante, de vários quadrantes, idades, ideologias, extractos e até facções e em todas elas encontro esta necessidade de comunicar com uma entidade externa, algo sublime, incolor, etérea e de certa forma, pura no sentido de que à muito que a credibilidade pelo que as rodeia, se foi.

Algo que mais do que estar, deverá estar para ajuizar se as opções que tomamos, o diário de bordo do dia-a-dia foi bem preenchido. Neste sentido sinto que uma parcela do tempo dado, do tempo vivido é em função de algo que não existe, que não nos traz dor ou alegria, riqueza ou pobreza, emoção ou paixão, é algo que permitirá (e aqui abro um parêntesis pois um factor comum é a procura incessante...e algures estará, se estiver uma resposta) atingir um estado de equilíbrio, que de outra forma, da desistência assumida dos vivos, nunca mais se encontra. No fundo o que vejo é um desistir, não da vida, do espaço, da dimensão ou até da paz, mas da génese humana, de todo o conflito inerente, de toda a consciência mutilada entre a herança selvagem e a evolução refinada. É um desistir de vencer, contornar, lutar por convencer o congénere...sim parece-me e perdoem-me a presunção, que o diálogo de surdos vence quando a argumentação, verbal, gestual e até emocional se tornam demasiados complexos e acabam por nos trair.

Como na fábula do "espelho mágico" apenas responde ao que se pergunta. Não há desafio, não somos postos à prova, não merecemos, no fundo, o direito a ser humanos. Ao assumir o estatuto de eremitas de um oásis equidistante do nosso bem estar e com isso determinar se a nossa condição é "bem" ou "mal" estamos exactamente a divorciarmo-nos da condição social de comunidade, de lei, de juízo qualitativo e a impor regras ditadas por um determinado bem estar. Mas, qual o preço? Solidão. A não ser que a fusão a frio tenha ultrapassado a fase de teoria que a acompanha à 50 anos, no final nada resta. Isto é, apenas uma característica autista, sim porque nada é inventado, tenham paciência, o autismo caracteriza estas opções. A auto-reserva, o fechar-se, o avaliar e catalogar do mundo, das reacções e das acções pela bitola do nosso tão pessoal "oráculo de Delfos" faz de nós o que Nietzsche fez do seu Zaratustra. Um eremita.

Um ser que se isola, que não suporta o peso do mundo, da humanidade, de definição de imperfeição e com isso, revolta-se, e da sua fraqueza nasce uma estóica vontade de acabar com o adversário, que por conveniência, agora é o "Mal", praticando, segundo os salmos o próprio "Bem". No fundo também esta tendência têm título, Acusador, Juiz e Carrasco em causa própria.

Assim vamos vivendo e por muitas redomas que se construam, por muitas eleições sazonais entre as trevas e a luz, o escrutínio será sempre algo que o próprio tempo se nega a reconhecer...o inferno e o céu são aqui e agora. O resto é relativo, como dizia um entendido. Se pudéssemos quantificar, pesar o resultado das nossas acções,  palavras,  pensamentos e omissões, numa conta-corrente aí sim, saberíamos se o saldo, o crédito nos abre a porta branca ou negra. Mas, não sabendo e pior, nem sequer pensando nesse saldo vivo, vamos ajuizando egoisticamente, sim é um termo pejorativo mas, linguisticamente define um livre arbítrio, algo que eu decido, penso, faço ou omito e no final...qual passe de mágica quantifico e classifico...mau era se a pontuação não fosse positiva. estamos na era do egoísmo, do culto do "eu"...nada de mal com isso mas...mal é ter a presunção de assumir, ajuizar e decidir...da tirania da indiferença passamos à "opressão dos felizes por si só"...ainda não estamos prontos, não, ainda não.

Cogito ergo sum...

A verdadeira batalha reside no equilíbrio entre as diferenças, o bem e o mal são balizas elásticas, conveniências de época, doutrinas, políticas ou religiões. Entre a moral de rebanho ou uma minoria de bloqueio, prefiro a última...sempre sinto o sangue a aflorar, e as emoções a brotar, sempre me sinto vivo. E mais, posso sempre ser julgado por outros, por mim não tem piada.

 

Fiquem bem, de que forma for

Até uma próxima

 

 

 

Shibumi, com "h"

 

publicado por shibumi às 22:50
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Sexta-feira, 29 de Agosto de 2008

Vias-Sacras

São3 da manhã, sinto que tive uma noite fixe. Não há nada melhor do que ir a um real bar Irlandês, beber um real whisky Irlandês e sentir um real ambiente Irlandês.

Fi-lo com um amigo, colega e em que temos mais em comum do que qualquer um de nós poderia imaginar. Percorre agora a via sacra entre a paixão encandeante, provocada por uma mulher apaixonada – é aqui que o perigo é real – e a necessidade de equacionar o que tem, o que quer, se vai, se fica, enfim, a necessidade que urge em tomar uma decisão. Pese o facto de ser casado (junto para ser mais preciso) ter uma vida organizada, um filho, e uma panóplia de deveres e direitos, a verdade é que para além do ego que ganhou todos os bónus de uma só vez, a verdade é que não dorme, não descansa e não vive sem respirar o ar que ela respira, ou som da msg no tlm.

Há que equacionar pois, e usando uma frase de alguém que me é especial, nada acontece por acaso, se este cruzamento de destinos, serve para cimentar o que tem, acordar para a necessidade de alterar a rotina instalada e investir na relação que tem, reinventar a “pica” com jogos, nuances e qui çá tertúlias de paixão ou, por outro lado, isto ser uma declaração de intenções, a verdade feita paixão absoluta que nos diz, na cara e na alma, que afinal o que temos, é amizade, é compromisso é respeito, enfim, é cumplicidade comercial, pelas despesas conjuntas, cumplicidade marital pela harmonia que deve reinar e acima de tudo, cumplicidade filial, pela responsabilidade primeira de criar um ser rodeado de valores que o façam feliz e o preparem para um dia, também poder decidir e escolher. Não é fácil, introduzir esta variável, que de discreta tem pouco mas que pesa demasiado nesta altura, tratando-se do “Eu”, do facto de se sentir vivo e essencialmente, passe o encandeamento, poder viver a paixão.

O amor constrói-se, sendo um somatório de sentimentos e valores, e não desaparece, vai aumentando, sedimenta-se, mas, a paixão dói, cega e promove a multiplicação dos sentidos, onde somos capazes de dizer e sentir que estamos vivos. Não há pior “amargo de boca” do que a decisão baseada no sacrifício mas, sobrevive-se, se o nosso altruísmo for a força motriz. Um dia talvez, se possa repetir, talvez.

Eu, no que me toca, sinto q não é suficiente o tirocínio través da solidão, para me reconstruir, é demasiado básico e pouco produtivo, para mim. Sinto que o que querem ou acham que é o melhor para mim, o que me falta é aprender a, sozinho, dar-me com o mundo, não me preenche, é um esboço, uma tela incompleta. Eu faço-o pelo respeito e necessidade que tenho de me testar mas, o gozo é relativo, nunca absoluto, dura apenas o tempo de um orgasmo solitário. É importante a experiência mas, sabe a pipocas, por muito grande que seja o saco, nunca estamos satisfeitos. Falta sempre algo. Mas, sinto-me bem, solto e relaxado, a experiência trás vantagens, no entanto, a noção de solidão toma o seguinte sentido: á minha volta o ruído não são vozes, são sussurros clandestinos, apenas isso.
As vias-sacras têm estes pormenores, a cada etapa, uma dor nova, um sacrifício redentor, até que no final, os espinhos cravados, não passem de carícias, e o sangue que escorre, afinal é suor, de uma noite bem passada.
 
Fiquem bem
 

Shibumi

publicado por shibumi às 22:46
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Sexta-feira, 27 de Junho de 2008

Desbunda Total

Hoje apetece-me desbundar. Acho engraçada esta expressão. Importada de alem mar, "desbundar" deve derivar de "bunda" a "abanar" em todos os sentidos, que nem o nosso sextante consegue adivinhar qual a rota.

 

Entre o cansaço de gerir clientes, fornecedores,  processos, produtos e gentes de 2 unidades, Qualitativamente falando, ainda tenho que ouvir que, o Euro milhões são 59M...puta de vida. O que eu faria com tamanho tapete vermelho de perdição? Sim é um bom tema - como gastar de rajada estes milhões todos?

A regra é simples - ser feliz, nem que seja por um nano segundo. A felicidade será, realizar de uma assentada todos os sonhos, devaneios, pavores e fetiches, de uma vez só. O depois, que se f*****. A descarga sísmica, que de certeza reescreverá a escala de Rihster, apenas durará enquanto a coronárias conseguirem bombear o sangue necessário para alimentar tamanho orgasmo mental.

 

Carros, mansões, barcos, motas, viagens, cursos, mandar foder este e aquele, o emprego, o estado, o clima, os árabes, o petróleo, o arroz, etc...tudo terá a sua vez.

Ser livre de comprar o direito a ser realmente livre. Aqui está um bom desafio.

Mesmo que comprando aquela preciosa garrafa de whisky, com 1 milhão de anos, a um cadáver escocês de nome Mc "qualquer coisa" e com isso ter uma cirrose hepática, até isto seria justiça poética. Ser um "novo rico" só para poder gozar na cara dos "sempre ricos" mas que devem a toda a gente, com dívidas de extensão ás 10 gerações vindouras, o gozo que seria alimentar o meu rafeiro a caviar, fazer Porto-Lisboa num bólide, sempre a abrir só para pagar as multas com notas de 500E e esperar o troco. Comprar um atrelado para o Benteley com um depósito de BP Ultimate, da mais cara e parar para fazer um churrasco com vitela argentina usando a puta da gasolina como combustível? Que tusa.

Enfim, é por isso que o destino, o karma, a conjuntura não me dão este prazer, só pode.

A liberdade tem um preço e 50M era justo.

Tenho a certeza que não há melhor ansiolítico para dormir.

 

Como sou optimista por natureza e sei que não é tão cedo que esta merda me calha, vou alimentado estas minhas fantasias de tal modo que qualquer dia, nem 100M chegam, na esperança, que quando chegar a minha vez, mesmo tetraplégico, gagá com Alzheimer e Parkinson juntos ainda posso arrastar a carcaça e voltando aos tempos de amiba mono nuclear comprar o direito a ser clonado, herdar o direito a gozar a fortuna de novo.

Só por isto vou trabalhar, só por isto vou jogar, só por isto vale a pena andar aqui.

Gozar neste inferno de vícios e vaidades o direito a galgar um determinado caminho.

Que puto de gozo.

 

Ai, como seria bom.

 

Fiquem bem

 

Shibumi

 

 

publicado por shibumi às 23:33
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Quinta-feira, 26 de Junho de 2008

Oráculo de Delfos

Oi, já há algum tempo que não me confessava, neste Oráculo de Delfos.

Faço-vos justiça em saber que sabem ode que se trata.

 

Hoje, a caminho de casa, após um dia de tédio mental, ia ouvindo a TSF, as entrevistas do Pedro Rolo Duarte, justiça seja feita, ainda são um oásis na intelectualidade militante. A entrevista era com um Luso escandinavo, escritor e acima de tudo, um eremita, pareceu-me um herdeiro de Zaratustra. Entre as vivências do dia-a-dia, as conjecturas entre as imagens do espelho e a realidade pungente, ainda que fugaz, este ser pareceu-me, além de inteligente, acreditar na metáfora da borboleta: um dia sonhou que era homem, que por sua vez sonhava que era borboleta, e assim entre dois planos além das 3D ambos nunca se encontravam mas, viviam a plenitude deste mistério. O eterno retorno de um paradigma perdido, faz-me recordar que, a insatisfação, a inércia, por vezes provocam estes intercâmbios, entre o consciente e o sonho. E nesse sentido, podemos perdurar eternamente.

Foi com agrado que absorvi a calendas destilada, um ininterrupto discurso de alguém que sabe, não o que procura mas, acima de tudo, que é livre de procurar, de experimentar de sentir e saborear as cores, aromas e sabores de experiências que enriquecem o nosso córtex e acima de tudo fazem emergir sinapses psicadélicas, que justificam a procura da cor, num mundo de pretos, cinzentos e brancos axiomas.

 

Não sabia da existência de tal liberdade, de tal coragem romper com uma "quadrícula institucional" – termo usado mas, deveras corajoso, a vontade e a acção de romper com a rotina, o tédio do conforto e peregrinar num destino desconhecido.

Somos almas sedentas de conhecimento, sedentas de saber e acima de tudo, sedentas de poder transmitir algo de novo. A novidade é esta, o salmo propedêutico que estimula a liberdade do indivíduo, a procura sem fim de uma razão para existir.

 

Bem hajam estes vikings

Bem hajam os isolados do medo que pertencem á humanidade

Bem hajam, aqueles que desafiam os axiomas e reescrevem o código genético da nossa evolução.

 

 

 

Shibumi

 

publicado por shibumi às 23:12
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Quarta-feira, 12 de Março de 2008

Julgamento

Olá Bloggers, sejam quais, quem e o que forem.

Esta missiva, disserta partindo de uma nova fase, a da consulta das fadas que carinhosamente nos prestam auxílio.

Reza a história que uma fada, douta e entogada (não escondida mas vestindo a toga da justiça) me prestou auxílio. Eu, desconfiado como sou preparei armas e bagagens, não esquecendo o farnel homérico, para tal aventura.

Despi-me de preconceitos e abrindo os portões do meu castelo, entrei em diálogo. Enunciei as epístolas da minha história, do meu rendez vous com o destino, de procurar, sem saber se queria ou se era procurado, sem saber se estava numa roleta feita destino, etc.…, abri o jogo.

Eu provoquei ou fui provocado, conheci e tive na mão um destino diferente, em forma, em cor e em cheiro. Manipulei, acho eu, e fui manipulado a investir tudo na aquisição desse destino. Quando pesei, medi, equacionei, termos e práticas proibidas para que o implante chamado “Amor puro” se efectue, a balança tendeu mais para o “deve” do que para o “haver”. Aqui nasce uma silenciosa mas omnipresente “Santa Inquisição” que me persegue e me quer levar ao banco dos réus, qual Monte Cristo em redenção. Provoquei o destino, baralhei pessoas e emoções, mas quando decidi, esta opção ainda que real e sentida provocou a ira dos Deuses pois, as almas penadas e doridas carecem de indemnização.

É aqui que me debruço que procurei na forma de uma fada, um advogado que m represente, que leve até ao fim, a procura da verdade. Pois, mais do que culpa ou sem ela, necessito urgentemente da sentença, seja ela qual for, para pagar o preço justo de ter ferido, de ter aturdido os sentidos de outras congéneres, tais quais fadas. Não me sinto um Demónio nem acho que tenho capacidade para tal, um aprendiz talvez… Mas, acima de tudo, alguém que se rodeia de valores, comportamentos e uma conduta que o levam a assumir a culpa, se esta for provada.

Estou aqui, de coração aberto e sujeito ao veredicto, de quem de direito:

- não posso remediar o mal que fiz

- não consigo avançar sem ser julgado

- pago o que for necessário, resultado do julgamento

 

Não interessa se eu fui manipulado, por algo, um destino ou por alguém, sou o saco de pancada que dá a cara. A mim cabe a decisão. Venha a sentença.

 

Cansei-me de quimeras, quero seguir em frente mas, acima de tudo, não gosto nem quero pendentes. Quero pagar o que devo.

 

Por isso, e  enquanto o julgamento se prepara, assumo a minha condição de réu: assisto e ouço. Apenas falarei quando me autorizarem.

Apenas peço um processo célere. Para que possa avançar de cabeça erguida como sempre o fiz. Se devo, pago-o. Se não, não me fodam a telha.

 

Até breve com novos desenvolvimentos

 

Shibumi

publicado por shibumi às 22:53
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Segunda-feira, 3 de Março de 2008

Assim se acorda

Olá bloggers,

Bem, faz hoje precisamente 2 meses que hibernei.

É giro, é compensador e até libertador. Não sei nada, nickles do que se passa no mundo, no trabalho, com os amigos, nada de ninguém...sinto-me o primeiro rebento da dentada na maçã.

Ainda estou em fisioterapia mental, a tentar soldar, conectar os meus neurónios tão encarquilhados que estão. Lentamente as sinapses vão acontecendo. Bem, mais um whisky para catalizar o processo.

 

Estamos em 2008, pelos vistos e eu esperava mais, sinceramente sinto-me defraudado. Esperava outra onda, outra cor e até outra magia mas...a merda continua a mesma. Quase me dá vontade de investir em sono criogénico e acordar daqui por 500 anos, com esta figura, claro.

 

Neste bairro, neste burgo, onde tudo é tão pequeno que a mesquinhez se confunde com os "bons dias" não há nada promissor. É claro que podia dedicar-me a desportos radicais, violentos, desafiar a morte, sei lá, apimentar esta paleta de tons cinzentos mas, quanto mais penso nisto mais me sinto o bizarro que as pessoas vêm ver ao circo ou ao J Zoológico.

 

Ainda não descobri o Santo Graal, mas teimoso como sou hei-de lá chegar. Não interessa o que se passa aqui, ali, no norte, centro ou sul, não, estou-me a borrifar para tudo isso. Que o pessoal curte, que curta, que se embebede, que se forniquem até cair, se são felizes, que o sejam. Cada um de nós, que procure o seu espaço, que tente encontrar um eco algures, seja no trabalho, em casa, na família, enfim, seja onde for. As opções tomadas valem por si. Deixem as borboletas baterem as asas, algures um Tsunami se há-de formar – life will find a way – já dizia alguém sábio. Cada vez mais me tenta a missão de Zaratustra, qual eremita de uma humanidade decadente, se ausenta e esvai-se de todos os valores e padrões sociais. Do zero renasce e assim constrói o super-homem.  

 

Da abnegação de viver o dia-a-dia, da rotina, dos esforços, do aturar uma cambada de fedelhos feito homens, engomados até ao pescoço, resta-nos arranjar tempo para salvar o indivíduo, permanecer livre, nem que seja por efémeros momentos. É esta a minha luta, é este o meu destino, ser sempre fiel a mim e com isso ser eternamente independente.

 

Estou na fase de dissecar o meu arquétipo pensante. Pela primeira vez estou a tentar sair de mim e com a visão asséptica de um neurocirurgião ver de que tamanhos são os meus tumores e se estes, sendo tão grandes, justificam sacrificar o cérebro. O oponente é sábio, experiente e sagaz, veremos se consegue dobrar o cabo das tormentas e induzir confiança neste ser eternamente desconfiado. Como um animal selvagem, se a fome apertar, como a mão que me dá de comer. A sobrevivência acima de tudo.

É um novo capítulo, uma nova era que se avizinha. Veremos os resultados.

 

Fiquem bem

 

Shibumi

 

publicado por shibumi às 23:24
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Sexta-feira, 4 de Janeiro de 2008

aqui deixo a minha homenagem...

 

hoje perdi um amigo, uma alma gémea, uma pessoa grande, maior do que eu e só por isso digno de se lhe tirar o chapéu. Não morreu, não, nem nada de mal lhe aconteceu, pelo contrário, saiu da fase de crisálida, abriu as asas e voou. Rumo ao céu, ao limite, contornado por uma onda, por um mar, por uma felicidade procurada, conquistada e arrebatada. Tive e tenho o previlégio de ser seu amigo, confidente e acima de tudo gostar sempre dele, independente de modas, gostos ou tendências. É o meu amigo, e como este termo "meu" é egoísticamente nosso, gosto de o saborear e dizer "meu amigo". Nunca lho disse mas saber por palavras dele que se um dia tivesse um irmão, eu seria essa figura, enternece-me e ilumina a minha redoma, pois não cabem lá mais do que muito poucas almas. Sou um orgulhoso milionário pois detenho esta fortuna feito amizade. Estive muitos anos com o pudor desmedido de me despir com a luz acesa, frente seja a quem for e, com ele este momento aconteceu. Para lá de qualquer tese ou pressuposto homo, não há paralelismo algum nem parceria que me permitam esta nudez, apenas com ele...e isto não tem nada a ver com o foro glandular, é como a teoria Lego, as peças encaixam, ou não, não se forçam. Voou para longe após 2 semanas de repasto social. Conheci a nova companheira, o click emocional que significa libertação, o zénite de alguém que sabe que o paraízo se conquista na terra,não em mais lado algum. É obra. É coragem, é acima de tudo um pontapé no destino de alguém que até já foi casado, teve que fazer contas, teve que aguentar a pronúncia do presumivel culpado, até que a morte vos separe. Disparate. Sempre o defendi, sempre o apoiei, sempre tentei, não à custa do outro que não conheço e só por iso devo respeito, mas acima de tudo de comparar o molde da matriz que conheço, com a a alma cinzenta que tantas vezes se me deparou. Não há nada de místico ou até de sobrenatural no dia, que atormentam tanto como a angústia de não se saber situar, acompanhar e até fluir com a maré. Em conta-corrente se anda quando a matriz não está estável. Algo não vai bem. E isso assisti e vivi em parceria muito tempo. Algo de negro, de fétido se acomoda e toma conta dos sentidos que não deixa ajuizar, raciocinar e até decidir. Algo em nós que nos empurra para o sacrifício, em prol de A de B ou C...Mas, o meu amigo veio, e partiu, juntos comungamos os momentos necessários para exorcizar fantasmas e tomar decisões, é isto a amizade, a confiança na palavra e no conselho, nunca na ordem ou na profecia. Eu abri o jogo e ele fez o mesmo. Não há como enganar, eu posso ajudar e ele também, a confiança reside nisto. Neste sentido o meu " muito obrigado" e apesar da distância, do facto de não poder estar presente nessa data tão importante, ambos sabemos da comunhão dos sentidos. Sê feliz poi maisdo que tudo o que fizeste, mereçe-lo. Não conheço alma mais viva,mais jovial do que ele, não conheço alguém em que confiar por inteiro, não, depositei todas as minhas poupanças desconfiadas neste aforro. E estou satisfeito. Assim, este meu amigo embarca, leva consigo, a futura meia-metade, a lua o Sol, os amigos e este em particular, como confidentes de alcova, de copos de tudo o que advier. Que isto lhe traga sorte e felicidade, é o que desejo.

Orlando (perdoa-me o uso indevido do nome) desej-te o que de melhor o mundo ainda tem, o que de melhor as pessoas possuem, o que de melhor o destino trará.

 

Um bem haja comungado com aquele abraço forte que trocamos.

 

Felicidades migão

 

Tudo de bom, tudo do melhor, pois tu és o verdadeiro shibumi.

 

Mário (só para alguns,ele em especial)

 

Shibumi ( para os restantes)

 

Ps.: agora posso hiberbar. Boa noite!

publicado por shibumi às 00:24
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...chegou o inverno, chegou o sono...

...vou entrar em hibernação...qual urso pardo, enchi o bandulho de quimeras e algumas bagas e deu-me um sono do caraças...vou mergulhar os meus hemisférios em vapores metílicos e durante algum tempo apenas quero sentir que estou vivo, qual amiba mononuclear que nem cérebro tem - felizarda de merda.

 

Não há tempo a perder, o ano está a começar e o meu sono de crisálida chama por mim.

Necessito de descanso, de me retirar de campo. Está a cansar-me este ringue.

Um dia destes apareço.

 

Fiquem bem

 

Shibumi

publicado por shibumi às 00:24
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Sábado, 29 de Dezembro de 2007

Um enterro digno a 2007

Está a chegar o fim, o final de 1 ano controverso, conturbado e sobretudo efémero, pois escorreu qual areia fina por entre os dedos. Nunca soube guardar rancor, nem sequer viver dependente de uma memória de outrora. A memória ligada ás emoções funciona sempre no presente e de quando em vez projecta cenários de futuro que me permitem seleccionar um determinado rumo. Nunca o passado se fez lei, nunca me oprimiu, nunca borbulhou em remorsos nem nunca me fez parar para pensar, decidir ou agir. Nunca. O presente criado ou inventado dita o meu norte. Assim me vou despedir de 2007, como algo que existiu, se fez e procriou numa amálgama de acções, gestos, decisões e palavras que serviram, acima de tudo para ditar o momento e mostrar um rumo. Mesmo que os negativos deste balanço superem os activos, em frente se ruma e em frente se procura um novo nicho, um mercado apto e ávido das nossas ofertas. O que espero de 2008? Não sei nem quero saber  pois acho que o que se passou não tem retorno, apenas um determinado odor a mofo. Os meus rebentos crescem felizes, as maleitas obrigatórias já se foram, as discussões típicas e atípicas, que fazem parte do dia e da noite, tiveram o seu zénite. O trabalho engordou mais um ano de reforma, a experiência acumula como créditos e como todos os dias, quentes ou frios, a noite é um bálsamo que permite oxigenar uma mente e um corpo cansados, para uma nova aventura.

Onde mora, onde se encaixa o sonho, a quimera, e desgarrada chicotada neste invólucro quadrado? Algures, há um espaço qual caixa de pandora, ainda com a fechadura virgem que segura as pontas, que contem as rédeas, e que no fundo, não nos deixa atascar este nosso quintal, de cinzas, de restolho, de restos largados e nunca apetecidos que espalham um pérfido perfume a miséria. Assim chegará o novo ano, em que a nossa férrea vontade acredita na não repetibilidade dos actos, das acções e das omissões. Assim espero o início de 2008, novo, fresco, qual alfazema sob a forma de um lençol limpo e perfumado. Daqui para a frente, somos nós a ditar a sorte. Que 2008 seja o consagrar das vontades, do equilíbrio, de saber estar, sentir e ser.

É isto que quero, que desejo e que transmito, para mim é uma oportunidade de remediar, corrigir e ate fazer o que não se pode, conseguiu ou até nos foi impedido de realizar em 2007. Com a vantagem da experiência, com o conhecimento das reacções e com a antecipação das emoções, já seria feliz se pudesse realizar em 2008 o que tive de mitigar em 2007. Seria um bom ano, sem dúvida. Etapa a etapa, obstáculo a obstáculo, meta após meta, é assim que o caminho se compõe.

Que 2008 seja a meta, o coroar, o consubstanciar de tudo o que tivemos de experimentar, mitigar e penar em 2007. Isto por si só já justifica o desejo de " Bom ano de 2008".

 

É o que vos desejo

É o que desejo para mim, e para os meus, sejam eles quem forem, estejam eles onde estiverem. É a minha turpe.

 

Shibumi

 

 

publicado por shibumi às 17:15
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