São3 da manhã, sinto que tive uma noite fixe. Não há nada melhor do que ir a um real bar Irlandês, beber um real whisky Irlandês e sentir um real ambiente Irlandês.
Fi-lo com um amigo, colega e em que temos mais em comum do que qualquer um de nós poderia imaginar. Percorre agora a via sacra entre a paixão encandeante, provocada por uma mulher apaixonada – é aqui que o perigo é real – e a necessidade de equacionar o que tem, o que quer, se vai, se fica, enfim, a necessidade que urge em tomar uma decisão. Pese o facto de ser casado (junto para ser mais preciso) ter uma vida organizada, um filho, e uma panóplia de deveres e direitos, a verdade é que para além do ego que ganhou todos os bónus de uma só vez, a verdade é que não dorme, não descansa e não vive sem respirar o ar que ela respira, ou som da msg no tlm.
Há que equacionar pois, e usando uma frase de alguém que me é especial, nada acontece por acaso, se este cruzamento de destinos, serve para cimentar o que tem, acordar para a necessidade de alterar a rotina instalada e investir na relação que tem, reinventar a “pica” com jogos, nuances e qui çá tertúlias de paixão ou, por outro lado, isto ser uma declaração de intenções, a verdade feita paixão absoluta que nos diz, na cara e na alma, que afinal o que temos, é amizade, é compromisso é respeito, enfim, é cumplicidade comercial, pelas despesas conjuntas, cumplicidade marital pela harmonia que deve reinar e acima de tudo, cumplicidade filial, pela responsabilidade primeira de criar um ser rodeado de valores que o façam feliz e o preparem para um dia, também poder decidir e escolher. Não é fácil, introduzir esta variável, que de discreta tem pouco mas que pesa demasiado nesta altura, tratando-se do “Eu”, do facto de se sentir vivo e essencialmente, passe o encandeamento, poder viver a paixão.
O amor constrói-se, sendo um somatório de sentimentos e valores, e não desaparece, vai aumentando, sedimenta-se, mas, a paixão dói, cega e promove a multiplicação dos sentidos, onde somos capazes de dizer e sentir que estamos vivos. Não há pior “amargo de boca” do que a decisão baseada no sacrifício mas, sobrevive-se, se o nosso altruísmo for a força motriz. Um dia talvez, se possa repetir, talvez.
Shibumi
. Acabou a fase da Crisálid...
. ...meio mundo a comer out...
. aqui deixo a minha homena...
. ...chegou o inverno, cheg...